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Este trabalho está enraizado na minha relação pessoal com a música, que está entrelaçada com uma cadeia de frustrações. O "porque é assim" exigia que eu abandonasse toda a lógica e me rendesse à repetição e à memorização, ou enfrentaria uma punição correspondente. Como algo tão belo quanto a música pode ser puro sofrimento?
O que hoje chamamos de "música ocidental" se tornou, ao longo de três milênios, um gigantesco acúmulo de imundície intelectual temperada com necromancia religiosa. Superstições sobre o número sete, pânico diante da ideia de invocar Satanás ou refugiar-se do maligno no culto a São João Batista. Isso tudo é muito católico. Muito estranho à música. E o mais incompreensível é que civilizações completamente alheias ao cristianismo continuem se deixando colonizar por essas superstições grotescas, sem que ninguém se detenha para pôr ordem em tanta confusão, porque os músicos nunca fazem perguntas, repetem e obedecem. Mas hoje sabemos que o som é produzido na consciência auditiva. Conhecemos seus mecanismos cerebrais. Nós sabemos como é. Sabemos que a harmonia é baseada em conjuntos de dissonâncias relativas. E que suas relações podem ser expressas em tabelas verdade, assim como sistemas numéricos, com base em relações matemáticas simples. Porque o que não é simples é o barulho. E se há uma coisa que um cérebro saudável odeia mais do que barulho, são as aplicações práticas de teorias irracionais que odeiam a lógica e condenam a tentativa e a repetição. Cansado de passar mais de quarenta anos tentando entender o incompreensível, chegou a hora de desenvolver esta Teoria da Harmonia Cromática, para que tocar qualquer instrumento, compor ou simplesmente ouvir, seja tão simples quanto brincar com as cores.

Tratado de Harmonia Cromática

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